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Artigos
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Psicoterapia Ajuda?
Muitas vezes é essa a dúvida das pessoas quando um problema existencial os aflige. Questionar a forma de viver, os relacionamentos, os conflitos entre ceder ou colocar limites, pensar em suas próprias convicções ou naquilo que os outros aconselham. O que decidir ? Ser ou não ser ? Fazer ou não fazer ?
Há muitas maneiras de se enfrentar os problemas humanos, mas certamente todas as psicoterapias ( terapia através da palavra, da ação, do diálogo com um terapeuta) levam ao mesmo lugar.
O objetivo
Que lugar é esse então, onde psicanalistas, Gestalt - terapeutas, terapeutas de família, bioenergética, cognitivos, etc., procuram levar o seu paciente ? O lugar é ...
Chegar à uma percepção de si mesmo, passando por uma nova significação das emoções. Não importa a técnica, o como chegar até lá, todos procuram lidar com o emaranhado das emoções.
A mudança
Emoção é vida, é o ponto mobilizador para toda e qualquer mudança. É o que pode nos fazer renascer . E para re – nascer é preciso morrer. Morrer para o velho, àquilo que nos agarramos e nos acostumamos, à nossa velha imagem, ao velho jeito, a velha pose. Morrer é abrir mão de uma identidade, de algo estimado e conhecido. É agonizante, assustador, nos amedronta (por mais familiarizados com o processo que estejamos) e nos põe ante o desconhecido, ante mil possibilidades. E aí relutamos mais uma vez.
A alquimia da transformação
Como alguém que luta para não morrer. Não queremos ser outro a não ser àquele que já conhecemos, quem fomos até agora. Novamente é preciso mais coragem, Ter um compromisso consigo mesmo e com a verdade, para nos tornarmos cônscios de uma nova realidade.
Só então quando nos permitirmos morrer (para nós mesmos) é que se abre o portal de uma nova percepção. Uma luz que afasta nossos medos, pela clareza, é onde as emoções se tornam mais claras. É o momento onde nos tornamos translúcidos, verdadeiros, honestos e compreensivos conosco, com a vida e com o universo.
A transcendência
Neste momento todos os problemas se tornam simples. Não há mais problemas. Só nos resta viver. Viver esta nova vida, após a morte, após a transcendência do ego. Todas as formas de terapia buscam essa transcendência. Nosso ego é esperto, lógico, e seu maior inimigo é a intuição. Teme que nos libertemos do estabelecido e passemos a ouvir essa voz interior que está sempre presente, é fiel e de uma sabedoria profunda. Re-aprender a ouvi-la é função das terapias.
Psicólogo?
Psiquiatra?
Psicanalista?
Parapsicólogo?
Qual destes profissionais procurar ? Qual pode ajudar melhor a resolver o que se passa com você ? Muitas pessoas na hora de decidir ficam nessa dúvida, quem trata do quê ? A melhor forma é você entender qual é a formação de cada um destes profissionais.
Psicólogo – faz faculdade de Psicologia, com 5 anos de duração no mínimo e se especializa tanto no estudo dos distúrbios de comportamento normal (neuroses) quanto anormal (psicoses ). A ênfase de seu trabalho é na análise da pessoa do ponto de vista existencial. É preparado para atuar em clínicas, escolas, empresas e na pesquisa. Embora se especialize em neuroses e psicoses, não receita medicamentos. A faculdade dá algum preparo para atuar em psicoterapia.
Psiquiatra – faz faculdade de Medicina, com duração de 6 a 10 anos, conforme o curso, sendo que nos 2 últimos anos faz residência, ou estágio em psicopatologia se especializando nos distúrbios de comportamento anormal (psicoses). A ênfase de seu trabalho é na análise do indivíduo do ponto de vista clínico. É preparado para atuar em clínicas e hospitais. Como especializado em psicoses (psicopatologia) receita medicamentos. A faculdade não lhe dá preparo para atuar em psicoterapia.
Psicanalista – nada mais é que um psicólogo ou psiquiatra formado que faz um curso de formação de 2 a 4 anos de duração, onde se especializa nas idéias de Freud e seus seguidores. Há muitas outras escolas de formação em psicoterapia que seguem os mesmos moldes, como a Gestalt, a Bioenergética, a PNL, a Comportamental, a Hipnóse, a Junguiana, a terapia de família, a Transpessoal, etc., são especializações também, mas que se auto denominam apenas psicólogos – junguianos, transpessoais, etc.
Parapsicólogo – até há pouco tempo este curso só existia no exterior. No Brasil, o curso é relativamente recente , em São Paulo e Curitiba. Com duração de 4 a 5 anos, o profissional estuda os fenômenos paranormais, ou fenomenologia. Ainda uma grande parte destes profissionais são auto-didatas.
Por qual optar?
O que foi descrito refere-se a formação básica dada no Brasil. Todos tratam do comportamento humano e podem lhe atender em qualquer que seja o seu problema. O bom profissional é aquele pelo qual você sente empatia, afinidade e confia.
Não importa a escola ou as formações do profissional. É importante que ele seja alguém que possa ajudá-lo, sendo humano, sensível e que o respeite. O sucesso do tratamento será uma conseqüência disso.
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Hipnose, abrindo portais
A Hipnose é uma arte muito antiga, usada desde o antigo Egito, especialmente com o
objetivo de cura. Na idade média, ou no começo do século, ela era considerada uma arte relacionada a magia, também chamada de encantamento ou fascinação, pois pouco se conhecia sobre ela e seus mecanismos.
A hipnose clássica , como é conhecida a forma mais tradicional, é aquela em que o paciente fica em um estado completamente inconsciente. Neste estado ele pode revelar muitas coisas de sua vida, de que não se lembrava e até a ser induzido à novas atitudes. Havia uma crença de que somente os “fracos” e sensíveis eram hipnotizáveis. Havia o mito de que o hipnotizador era uma pessoa com poderes.
Os shows
Surgiram então muitos shows de palco que exploravam a ingenuidade das pessoas e a vaidade dos hipnotizadores. Na realidade a hipnose clássica, traz mais dificuldades do que ajuda para um processo terapêutico, pois induz ao medo e a resistência do paciente, por não saber o que será dele nas mãos de outra pessoa. Nos dias de hoje ela é usada apenas em pesquisa. E a pesquisa avançada levou ao projeto MK Ultra de controle mental.
A hipnose Ericksoniana
Milton Erickson foi um médico norte americano que desenvolveu um trabalho genial e criativo com a hipnose, especialmente nas décadas de 40 e 50. Viveu no estado do Arizona e morreu em 1979. Em sua cidade de Phoenix, hoje existe “The Milton H. Erickson Foundation Inc.” destinada a pesquisa e ao ensino do trabalho de Erickson. Seu legado influenciou as mais importantes correntes psicológicas de todo o mundo: a psicoterapia breve, a psicoterapia familiar, as abordagens sistêmicas e construtivistas, a PNL, os trabalhos com os hemisférios cerebrais, direito e esquerdo, a Gestalt -Terapia, a escola Behaviorista, Jungiana e tantas outras.
O que é a hipnose ?
A hipnose é um estado de percepção onde você simplesmente se permite focalizar sua atenção em algo que é imediantamente importante, usando sua mente inconsciente e consciente (figura - fundo) para explorar outras realidades.
A hipnose não é baseada no relaxamento, mas sim na concentração de atenção. Através da atenção à um problema é possível se perceber reações corporais involuntárias que ativam a memória corporal e sensorial, sendo possível a relação de pensamentos (imagens), liberando por sua vez proteínas que atuam a nível genético (Rossi, Ernest in A psicobiologia da cura mente-corpo, 1994). Portanto é um fenômeno em cadeia e com profundos reflexos na relação mente corpo.
Porque funciona
O princípio básico desse trabalho é que a mente consciente não é a que resolve problemas. O terapeuta também NÃO, ele não tem as respostas, ele APENAS ajuda o paciente a entrar em contato com a sua mente inconsciente, achando assim a resposta do próprio problema. Na hipnose Ericksoniana o paciente não perde a consciência, ele fica em um estado alterado de consciência, que lhe permite ficar “como um equipamento estéreo”, com dois canais ligados simultaneamente, o consciente e o inconsciente.
Regressão é possível ?
A regressão de memória é possível em hipnose e nos Estados Alterados de Consciência. Embora hajam muitos questionamentos sobre a validade do conteúdo que é percebido neste estado, percebe-se que você ativa o que está precisando para encontrar a sua harmonia emocional. De acordo com suas crenças. Se é realmente uma memória de algo vivido, se faz parte das fantasias do paciente, se pertence ao inconsciente coletivo, se são memórias de ancestrais, ou até de vidas passadas, só você vai saber.
Sintomas e doenças
A hipnose vem sendo usada para a cura das mais diversas doenças. Tanto nos distúrbios comportamentais e emocionais mais tradicionais, quanto auxiliando significativamente em doenças como artrite reumatóide, doenças da pele, câncer, úlceras, disfunções sexuais, etc.
A hipnose pode ajudar
A hipnose não é um milagre que é capaz de curar tudo, mas ajuda muito no seu auto-conhecimento, permitindo que você perceba muitos bloqueios e decisões que contribuíram para o desenvolvimento de alguma doença e assim torna-se capaz de possibilitar a cura. Ela não é um instrumento passivo, onde você se entrega e espera pelos resultados. É preciso que você queira desvendar o que você não conhece sobre você.
"Há algo mais além de você ..
Há um centro, interno, uma inteligência interior ...
Através deste centro flui o rio da vida...
Todo ser humano tem uma alma ...
Que vive numa inteligência viva ...
Você é um caminhante incurável, sempre estranho ...
Por isso busca ...
(S. Gilligan, da Fundação Milton Erickson)"
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Depressão, um chamado para uma nova vida
Quando ratos de laboratório ficam em privação de água ou alimento por algum tempo eles fazem qualquer coisa para se saciarem, é básico para a sua sobrevivência. Se o bebedouro ou o alimentador está conectado a um aparelho que lhes dê choque ao tentar se alimentar ou beber, eles começam a ter reações curiosas: 1. Inicialmente levam um susto. 2. Depois se tornam agressivos, 3. Depois deprimem e 4. Finalmente, encurralados, fazem uma última tentativa desesperada e depois morrem deprimidos. Portanto se algo se interpõe entre você e uma necessidade básica, você deprime.
Sabemos que há muito tempo os pensamentos afetam o nosso corpo, provocam até alterações físicas, químicas, etc. A medicação vai atuar ao nível bioquímico, ou seja, no efeito de um desequilíbrio . Melhora! Compensa o quê está descompensado, mas não recupera a sua necessidade básica, o que foi perdido. Ela pode ser necessária quando não se tem outro recurso, geralmente nos casos agudos.
A depressão é um desânimo por tudo, pelo trabalho, pelas pessoas que amamos, por nós mesmos. É uma vontade de abandonar tudo e sumir (nem se pensa naquela ilha paradisíaca de nossos sonhos ! ). Não se sonha com nada. Todos os estímulos perdem seu significado, até os mais fortes para nós, pois o básico foi perdido.
Ocorrências
Depressões mais profundas afetam 10 a 20% da humanidade no decorrer de sua vida. As mulheres são mais afetadas do que os homens numa proporção de 2 para 1. Cerca de 2% da população sofre de depressão crônica, também chamada de personalidade depressiva.
Sintomas
Os sintomas mais comuns são: 1. perda de apetite e de peso, ou o seu reverso. 2. Insônia ou vontade de dormir constante. 3. Agitação ou morosidade de movimentos e pensamentos. 4. Perda de interesse e prazer pelas coisas comuns ou perda de interesse sexual. 5. Fadiga e cansaço. 6. Baixa auto-estima, ou excessiva culpa. 7. Dificuldade de concentração e indecisão. 8. Pensamentos recorrentes de morte ou suicídio. ( Como no rato encurralado ).
O desenvolvimento da depressão
De acordo com alguns estudiosos os depressivos tem uma visão negativa de si, do seu presente e do seu futuro. Isso se deve por 1. Tirar conclusões precipitadas sobre as coisas, 2. Enfoca sua atenção em apenas um detalhe e esquece o contexto de uma situação, 3. Tira conclusões baseadas num único incidente, fazendo uma generalização e 4. Dá excessiva ou mínima valorização as experiências que passa.
Favorecem a depressão: 1. o aprendizado de padrões depressivos de comportamento, na família ou fora dela. 2. As crenças e 3. Os modelos ou ídolos.
Causas e tipos
Do ponto de vista psicológico: a depressão está relacionada à uma reação de perda ou separação de uma pessoa ou objeto importante. As depressões mais severas sem causas aparentes são chamadas de Depressão endógena. Aquelas em que há alucinações são chamadas de depressão psicótica. Períodos de depressão e de euforia se alternando, são conhecidos como distúrbios Bipolares. As depressões são consideradas distúrbios afetivos da personalidade.
Do ponto de vista químico ou biológico: constata-se a diminuição no cérebro de substâncias químicas conhecidas como aminas biogênicas, elas são a NORADRENALINA e a SEROTONINA, relacionadas com a sensação de conforto e prazer. Os anti-depressivos aumentam a quantidade de aminas no cérebro.
O tratamento
A depressão é tratada com PSICOTERAPIA e havendo necessidade, drogas. Pesquisas tem mostrado que as formas mais modernas de psicoterapia tem sido efetivas em curto espaço de tempo, 20 sessões aproximadamente. Nos casos mais agudos, pode ser necessário mais tempo e o apoio de drogas.
As drogas
1. A maioria dos antidepressivos são drogas chamadas de triciclicos, que funcionam em 75% das pessoas. Não se sabe o mecanismo exato de sua atuação, mas elas causam sonolência e o tratamento dura de 6 a 9 meses. Exemplos comuns são: Tofranil ( imipramina) , Anafranil (clomipramina), Pertofran (desipramina), Noveril (dibenzepina), Motival (nortriptilina), Sinequan (doxepina) Tryptanol e Limbtrol ( amitriptilina). Tetracíclicos: Ludiomil (maprotilina).
2.Um outro grupo de drogas são os inibidores de monoaminoxidase (MAO) , uma enzima que atua no cérebro e no intestino, por isso é necessário controle médico, pois ela interage com outras drogas, além de afetar a pressão arterial e a dieta alimentar. Pacientes devem evitar álcool e queijo, etc. Exemplos: Parnate, Stelapar.
3.Há também os sais de lítio, como o Carbolitium, um mineral usado para regular o humor.
4.O Prozac surgiu em 1988 e é um antidepressivo que não está relacionado com nenhum dos anteriores e regula o nível de serotonina no cérebro. O Prozac (fluoxetina) , o Zoloft (sertiralina) e o Paxil (paroxetina), pertencem ao mesmo grupo. Também são usados para o tratamento da bulimia e desordens obsessivas – compulsivas.
A cura
A cura da depressão varia de pessoa para pessoa. Aqueles que tiveram modelos positivos de vida , que possuem crenças otimistas e estão sempre dispostos a aprender mais, recuperam-se mais depressa. Tem uma perspectiva.
O lado positivo
Como toda doença, ela nos alerta de algo em desarmonia. De que algo se interpõe entre nós e uma necessidade básica. A depressão vem nos avisar que precisamos mudar, sermos criativos, encontrar saídas contra aquilo que bloqueia a nossa vida. Ela nos desafia a reconstruir e a buscar a energia nas menores coisas. Ela nos faz lembrar de nossos sonhos, da alegria, do fluir da vida e da construção da nossa realidade. A depressão é a crise existencial que vem para dar sentido a uma nova vida.
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Medo, a fronteira final
Todos nós somos assombrados por nossos medos. Desde de criança, os colocados pelos pais, avós, amigos, de fantasmas, do mundo, dos desafios, do abandono, da miséria, da fome, da doença, da incerteza. Herdamos muitos medos e desenvolvemos outros. Com a intenção de nos proteger, nossos pais projetam seus medos para nós como se isso nos pudesse poupar dos desafios da vida.
Na maioria das vêzes estes medos são fantasias, ansiedades, uma tentativa de ter o controle sobre vida. Uma forma de fazer cumprir um script que imaginamos ideal para nós, de felicidade e sucesso.
Quanto mais tentamos controlar a vida, menos controle temos sobre ela. Implicamos com tudo e todos à nossa volta para assegurarmos que nada saia do previsto.
D. Juan, o Xamã de Castaneda já dizia, mantenha o medo sempre a sua frente. Nunca deixe de olhar para ele, mesmo que não o enfrente. Assim você não o alimenta e ele não cresce as suas costas. Seja qual for o medo, se você se aproximar dele, olhar para ele, começará a entende-lo e até se tornar amigo dele e então ele se tornará seu aliado. Jamais fuja do medo.
Todos os nossos medos são projeções de coisas inacabadas no mais profundo do nosso ser. E a forma de lidar é olhar diretamente para eles (O livro Tibetano dos Mortos). Quando você fixa seu olhar neles, eles desaparecem feito fumaça.
A pressa em se livrar do medo afastará de nós o conhecimento profundo da situação e a maestria sobre nossa vida. A intenção correta consiste na adequação ao propósito, a busca da verdade, na busca de si mesmo.
Lidar com o medo é algo que se faz gradativamente. É como andar de bicicleta. Aos poucos vamos ganhando confiança e nos aventuramos, até que.... olhe só! Sem as mãos!
Nascemos com medo e morremos com medo. A menos que você confie que não está sozinho e saiba que o amedrontado é o seu Ego e não a sua essência.
Essa é uma experiência que não se transfere, não acredite nos outros, na mídia, nos governos, nos livros. Você tem que sentir. A conexão é única. É você e você. Só assim você será um homem livre e dono de seu destino e sua vida.
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A tribo culpígena.
Naquela tribo sofrer de culpa era o normal, a coisa mais comum. Todos eram culpados por alguma coisa. Isso dava status, sentido de responsabilidade, respeitabilidade na comunidade, sentido de altruísmo.
O senso do dever era norteado por princípios morais, éticos e religiosos da comunidade. Você tinha que seguir todas as regras. Fosse na família, na educação dos filhos, no tratamento com seu parceiro, no trabalho, no consumismo, no estar “na moda” (afinal é importante estar “IN”), como todos faziam. Era uma tribo completamente neurótica!
As pessoas eram robôs. Bons seguidores das regras. E naquela época nem existia a IA (Inteligência Artificial!). Nem era preciso, haviam técnicas muito eficientes desenvolvidas pelos governos em parceria com as universidades e igrejas que ajudavam a controlar o povo. Eram conhecidas como Engenharia do Consentimento. Todos consentiam que estas entidades sabiam o que melhor para eles, afinal eram temas apoiados por muita pesquisa científica ou pela palavra de deus. Então como um “bom filho”, todos seguiam as regras!
A origem das culpas está em não cumprir com algo que se estabeleceu como verdade. Verdade da sociedade, da família, da religião, etc. Toda vez que você resolve pensar por si mesmo....CULPA! Está fora do padrão, é a ovelha negra. Mas é a ovelha negra que desvenda novos caminhos, que traz mudanças, descobre novos horizontes.
Foi baseado nisso que Richard Bach escreveu “Fernão Capelo Gaivota”. E tantos outros autores escreveram livros sobre temas semelhantes.
Para se libertar da culpa é preciso ter coragem. Coragem de não depender da aprovação dos outros, de olhar para si em primeiro lugar (ainda que pese a idéia do egoísmo). Costumo sempre lembrar da instrução da comissária de bordo antes da decolagem do avião. Como é que você deve usar a máscara de oxigênio? Sim, primeiro você! Depois os outros. Se você não se salva, você não salva ninguém.
Enfrentar a culpa é estar pronto para desconstruir tudo que a tribo “culpígena” lhe fez acreditar. E saber que você resolveu acreditar nisso por medo. Sim, medo! Escolheu não assumir a responsabilidade de suas escolhas e seguir “o consenso”.
A expressão “culpígena” era muito usada pelo mestre sufi Marcelo Urban. Sempre nos lembrando que nestas neuroses o Ego está separado de suas raízes, que estamos vivendo de forma contrária à nossa natureza, à nossa essência.
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Espiritualidade e longevidade
Longevidade é um tema que vem ganhando muita atenção das pessoas, das instituições (de saúde, financeiras, educacionais), dos planos de previdência e dos governos. Alguns atentos em melhorar a qualidade de vida, outros em tirar proveito deste novo mercado.
A longevidade vem aumentando, mas ainda estamos longe de sermos um Matusalém. Há muitos fatores que contribuem para isso e não apenas um de forma isolada, não há uma regra que determine a fonte da juventude. Alimentação, estilo de vida, fatores hereditários, emocionais, são todos um conjunto que contribuem na soma para uma perspectiva de vida mais longa.
O desejo de viver, de fazer planos e projetos, de se relacionar com a vida como uma fonte de aprendizados e descobertas pode abrir perspectivas. Por volta dos 50 – 60 anos é natural que as pessoas façam um balanço de suas vidas e entrem numa forma de crise existencial.
O que já foi feito, o que falta fazer e como não perder tempo com coisas da juventude, como provar do que é capaz, dar satisfação aos outros, explicar o que se pensa e o que se faz. É a hora de perder a vergonha, de deixar o ego de lado e sentir o que é realmente importante.
Por isso é natural que nos aproximemos mais do mundo espiritual. Que fiquemos a olhar o céu em noites estreladas e pensar no infinito, na grandiosidade do universo e como a nossa vida é uma fração ínfima deste bilhões e bilhões de anos a existência. Que diferença faz passar pela Terra por uns 70, 90 ou 100 anos diante disso tudo?
Neste momento estamos numa oração, numa conexão, num estado emocional de contemplação, percepção e comunhão com o universo. Talvez você lembre dos ensinamentos religiosos ou científicos das origens da vida. Não importa qual é o nome de seu Deus ou do cientista no qual você acredita. Nesta hora você está só diante do universo.
A longevidade nos leva mais próximos de Deus, desta contemplação. Vamos percebendo que há muitas bobagens em nossa bagagem e assim vamos deixando para trás muitas coisas que já não fazem mais sentido. Nos tornamos mais tolerantes, mais silenciosos, mais observadores.
Alguns com a idade ficam mais intransigentes, rabugentos, ainda tentam controlar a vida e a todos e sofrem profundamente a dor e o medo de estarem em contato consigo mesmos. Lutam até o último momento para estar no comando.
Dançar com o universo a grande valsa da vida é um ato sublime e espiritual. É desfrutar dos movimentos, da beleza, do descobrir, é partilhar cada movimento, conforme a leveza ou a força da dama. Assim se aprende a dançar e a perder o medo do eterno.
A espiritualidade não tem idade, ocorre nas crianças, jovens, adultos ou idosos. É uma forma de atenção à vida, um estado de ser. Independe do quanto se freqüenta o templo ou a igreja, as orações ou o que se faz pelos outros. É acima de tudo algo íntimo e interno, que não é percebido pelos outros, pois nada tem haver com o ego.
Ser uma pessoa espiritualizada não tem relação com a longevidade. A importância de seu papel na vida nada tem a ver com a sua permanência na Terra. Alguns ficam mais outros menos, uns aprendem muito, outros muito pouco.
A longevidade é uma oportunidade para estar mais próximo a Deus.
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Orientação Vocacional e de Carreira
A orientação vocacional e de carreira são trabalhos interessantes que podem ser realizados por jovens à partir de 14 anos de idade e por adultos, em qualquer faixa etária, para um redirecionamento profissional.
Nos dias de hoje, com tanto desemprego, as pessoas estão questionando muito na hora de mudar de trabalho ou se o que fazem dá a satisfação esperada.
Embora o fator econômico seja importante e o pão de cada dia seja uma segurança, cada vez mais as pessoas vem procurando fazer o que gostam. Muitas empresas tem serviços de remanejamento interno visando a recolocação de funcionários em atividades com as quais eles sejam mais afins.
Desta forma, trabalhando de forma prazerosa, a eficiência e a criatividade aumentam muito e menos problemas pessoais e de relacionamento ocorrem dentro da empresa.
Para as pessoas que estão se sentindo ameaçadas pelo desemprego, ou que já estão desempregadas, a orientação de carreira pode ajudar a buscar formas criativas de ganhar a vida, às vezes desenvolvendo um trabalho autônomo, algo artesanal, como vem acontecendo em todo o mundo, ou ainda formas cooperativas de trabalho que resultam em estabilidade e satisfação para todo o grupo.
Conhecer as suas tendências, suas habilidades e como aplicá-las no dia a dia, é um processo de auto conhecimento auxiliado por essa forma de orientação.
Aos mais jovens ajuda a definir interesses, aptidões de acordo com a sua personalidade, o resultado geralmente aponta as áreas onde há maiores probabilidades de sucesso. É importante não deixar para realizá-lo as vésperas do vestibular.
Há basicamente duas formas de vocacional: um baseado em testes psicológicos (uma bateria de aproximadamente 10 a 15 testes aplicados em sessões de 2 horas cada, por uns 5 dias) e outro baseado em dinâmica de grupo ou entrevistas (discutindo os interesses, valores e a forma de pensar do consulente). Ambas são válidas.
A pesquisa de profissões através de manuais profissionais para permitir um conhecimento da formação, área de trabalho, o que faz, remuneração, etc., ajudam bastante (podem ser encontrados na Internet, assim como os “guias do estudante”)
Este trabalho geralmente é feito por psicólogos, orientadores educacionais ou pedagogos. Se você ainda não se decidiu ou está pensando em mudar sua vida profissional, esta assessoria pode ajudar.
Os Mitos
A orientação vocacional não é uma bola de cristal ! Ela não vai lhe dizer o quê você deve ou não fazer. Também não lhe dirá que você deve seguir esta ou aquela carreira.
Ela lhe informa sobre as suas aptidões, valores, habilidades e traços de personalidade que podem favorecer uma maior satisfação numa ou outra área de trabalho.
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"Carta para minha filha
Antes de morrer, filha minha, gostaria de estar seguro de ter te ensinado a desfrutar o amor, a confiar em tuas forças, a enfrentar teus medos, a entusiasmar-te com a vida, a pedir ajuda quando precisar, a permitir que te consolem quando sofrer, a tomar tuas próprias decisões.
Gostaria de estar seguro filha minha de ter te ensinado a falar ou calar segundo a tua conveniência, a ficar com o crédito por teus logros, a superar o vício de ser aprovada pelos demais, a não absorver as responsabilidades de todos.
Gostaria de estar seguro, filha minha, que aprendeste ser consciente de teus sentimentos, a não perseguir os aplausos senão a tua satisfação, a dar porque queres e não por que crês que é tua obrigação, a exigir que te paguem adequadamente pelo seu trabalho,
Antes de morrer, filha minha, gostaria de saber que aceita tuas limitações sem vergonha, que não imponhas teus critérios e não tem imponham os de outros, que diga que sim só quando queiras, que diga que não sem culpa, que sejas capaz de viver o presente e não ter expectativas, que aceitas as mudanças e que revisa tuas crenças, que encha primeiro a tua taça, e só depois as dos outros,
Antes de morrer, filha minha, gostaria de estar seguro de te ter ensinado a planejar teu futuro mas não a viver nele, a valorizar tua intuição e celebrar a diferença entre os sexos, a desenvolver relações mais sadias e de apoio mútuo onde a compreensão e o perdão sejam prioritárias,
Antes de morrer, filha minha, gostaria de saber que aprendeste a aceitar-te assim como és, que não olhes para trás para ver quem te segue, que és capaz de crescer aprendendo dos encontros e desencontros, dos fracassos que te permitem rir a gargalhadas pelas ruas sem nenhuma razão
Antes de morrer filha minha, gostaria de estar seguro de te ter ensinado a não idolatrar a ninguém, nem a mim que sou seu pai."
Texto de um colega argentino, Jorge Bucay